sexta-feira, 15 de junho de 2012

4 brasileiros na lista da corrupção

Banco de dados apresenta 150 maiores casos de corrupção já registrados e, entre eles, cita deputado Paulo Maluf duas vezes
 
Déborah Gouthier

O Banco Mundial divulgou o “The Grand Corruption Cases Database Project”, um banco de dados com 150 casos de corrupção registrados em todo o mundo. O projeto reúne informações de casos comprovados de movimentações bancárias de pelo menos US$ 1 milhão, relacionados à corrupção e lavagem de dinheiro. Entre eles, quatro são de nomes brasileiros: o deputado Paulo Maluf, o ex-presidente do Banco Santos Edemar Cid Ferreira, o banqueiro Daniel Dantas e o ex-subsecretário de Administração Tributária do Rio de Janeiro Rogério Silveirinha Correa.


De acordo com o estudo divulgado, a corrupção movimenta, em todo o mundo, cerca de US$ 40 bilhões por ano. Foram divulgadas informações sobre cada um dos casos relatados, mas a lista não define quem são os mais ou menos corruptos ou em qual país se concentram as ocorrências mais graves.


Ex-prefeito e atual deputado federal pelo PP, as acusações sobre Paulo Maluf chamam atenção na lista por aparecer duas vezes. O primeiro caso registrado refere-se à movimentação de US$ 140 milhões no Banco Safra, entre 1993 e 1996. Já o segundo registro é sobre o desvio de dinheiro de pagamentos fraudulentos para contas em bancos em Nova York (EUA) e na Ilha de Jersey (Reino Unido). Em resposta aos dados publicados, a assessoria do deputado informou que ele nunca teve contas bancárias no exterior. Ainda assim, ele é acusado de fraude, roubo e lavagem de dinheiro, e está na lista dos procurados pela Interpol.


O banqueiro Daniel Dantas, por sua vez, é citado pelo caso do Grupo Opportunity quando teve US$ 46 milhões bloqueados em contas no Reino Unido, em 2008. Por conta disso, ele foi preso duas vezes por corrupção, mas conseguiu habeas corpus em ambas as ocasiões. Em nota, o grupo contrariou a veracidade dos dados do Banco Mundial, alegando que eles estão desatualizados.


Edemar Cid Ferreira, fundador e ex-presidente do Banco Santos, foi condenado a 21 anos de prisão por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Ele condenou a publicação da lista, alegando que os dados divulgados refletem apenas “a opinião dos diretores executivos do Banco Mundial ou dos governos que eles representam”.


Por fim, o nome de Rodrigo Silveirinha Correa foi citado em referência ao caso do propinoduto, quando ele e outros fiscais e auditores da Receita Federal foram acusados de enviar ilegalmente remessas de dinheiro para a Suíça. Em defesa, seu advogado afirmou que, apesar de ser acusado de corrupção passiva, seu cliente ainda não foi julgado como corruptor.


*Com informações do Estadão.com

Fonte: Jornal Opção.

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