quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Exposição fotográfica: 'O olhar do abandono', de Mário Sérgio Souza.
Local de Realização: Hall da Biblioteca Central da UFG - Campus II
Data de Realização: 21/11/2011 - 02/12/2011
Exposição Fotográfica "O olhar do abandono"
A Biblioteca Central da UFG recebe, de 21 de novembro a 02 de dezembro, a exposição “O Olhar do Abandono”. A mostra faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso das acadêmicas Milena Nominato e Taynara Sanches, do curso de Relações Públicas da UFG. O trabalho das duas foi desenvolvido na Associação Protetora e Amiga dos Animais- ASPAAN.
As imagens que compõem a exposição retratam a triste realidade dos animais abandonados nas ruas da capital goiana e daqueles que se encontram em abrigos.
Responsáveis pela exposição: Milena Nominato e Taynara Sanches
Fotógrafo: Mário Sérgio Souza
O que? Exposição “O Olhar do Abandono”.
Onde? No hall de entrada da Biblioteca Central, Campus 2 UFG
Quando? De 21 de novembro a 2 de dezembro de 2011
Horário de visitação: de segunda a sexta, das 7h15 às 22h45. Sábados, das 8 às 18h.
Fonte: Sibi/UFG
Câncer é a segunda causa de morte no Brasil, afirma relatório do TCU.
Trata-se de um país doente, que demora até cem dias pra começar um tratamento contra o câncer. Os números do TCU são dramáticos.
Doença terrível, o câncer é hoje a segunda causa de morte no Brasil. São 500 mil novos casos por ano. Um mal que o país não se preparou para enfrentar. Quem tem câncer tem pressa, mas o que a gente encontrou na rede pública foi fila de espera para começar o tratamento.
Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) mostra que as condições de tratamento no país são muito desiguais. No Sudeste há centros de excelência. No Norte sequer há tratamento em algumas regiões. Ou seja, o país ainda não está preparado para atender uma demanda cada vez maior de doentes.
O câncer é a segunda causa de morte no país. Entre os homens, o mais comum é o de próstata e entre as mulheres, o de mama. Em 2003, a professora Regina Correia Leite fez o exame que aponta a doença. Como o médico não deu retorno, ela achou que estava tudo bem, mas já tinha câncer. Só descobriu isso um ano depois e teve de extrair uma das mamas. Ainda hoje faz quimioterapia.
“Corri atrás de outro profissional, mas o nódulo já estava grande. Seria, talvez, minha cura um diagnóstico precoce”, comenta a professora.
O Tribunal de Contas da União (TCU) fez uma auditoria na política nacional de câncer. A situação é crítica na Região Norte. No Pará, apenas 40% dos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) conseguem fazer quimioterapia. Em Rondônia, só 6% dos doentes com câncer que precisam de cirurgia são operados. Já o Amapá e Roraima sequer oferecem radioterapia.
O país não se preparou para enfrentar a doença, que tem 500 mil novos casos por ano. Faltam leitos, equipamentos e profissionais. Muitas vezes a pessoa é diagnostica com câncer, mas não encontra vaga para iniciar o tratamento.
Os pacientes que precisam de quimioterapia aguardam, em média, 58 dias. A espera é ainda maior para radioterapia: cem dias. A demora reduz as chances de cura, que costumam ser de 90% em tumores em estágio inicial. Renata Vilhena Silva, advogada especializada em direito à saúde, diz que em casos extremos pacientes recorrem à Justiça.
“Existem decisões judiciais que obrigam, inclusive, o estado a arcar com o tratamento em um hospital particular. Ou manda operar, intima a Secretaria da Saúde para oferecer outro lugar, ou então em último caso o paciente pode pedir que seja pago o tratamento na rede privada”, orienta a advogada.
O médico Paulo Marcelo Hoff, diretor-geral do Instituto do Câncer em São Paulo, afirma que não há solução a curto prazo.
“É preciso que se faça um investimento no desenvolvimento de uma infraestrutura que possa dar vazão à demanda, ao numero de pacientes que estão surgindo. É preciso que se aumente o número de indivíduos que são treinados para fazer o atendimento a pacientes com câncer. É preciso também que a sociedade como um todo demande que haja um aumento na verba que é disponibilizada para que isso possa ser implementado”, defende o médico.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) ampliou o volume de recursos para tratamento contra o câncer no país em 22%. O ministério deve fechar o ano com investimentos de R$ 2,2 bilhões – R$ 400 milhões a mais do quem em 2010.Fonte: G1.
I Seminário Nacional de Estudos Quilombolas - I SNEQ 24/11/2011.
Data de Realização: 24/11/2011 - 26/11/2011
A UFG realiza, a partir desta quinta-feira (24), o I Seminário Nacional de Estudos Quilombolas (ISNEQ). O evento, que será realizado no Auditório I do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, pretende reunir acadêmicos, especialistas, universitários, comunidade quilombola e pessoas interessadas na temática para discutir a produção acadêmica, as políticas públicas e as práticas corporais pertinentes às comunidades quilombolas.
A programação inclui mesas-redondas e apresentação de pôsteres. Além dos professores da UFG estarão presentes o professor José Maurício Arruti (PUC-RJ), o professor Rafael Sanzio (UnB), a professora Larissa Michelle Lara (UEM), entre outros. Os líderes das comunidades quilombolas dos municípios de Aparecida de Goiânia, Mineiros, Silvânia, Nova Roma e Teresina de Goiás participarão de uma roda de conversa.
Mais informações na página do evento, em http://eventos.ufg.br/SIEC-ISNEQ.
* Foto da capa: visão geral da comunidade do Engenho II, retratada em recente matéria do Jornal UFG. Localizada na zona rural do município de Cavalcante, é uma das várias comunidades quilombolas remanescentes na região da Chapada dos Veadeiros. Foto de Carlos Siqueira.
Fonte: Faculdade de Educação Física
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Abertas inscrições para cursos de altas habilidades/ superdotação
22/11/2011
ENSINO ESPECIAL
Interessados têm até o dia 20 de dezembro para se inscreverem
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que estão abertas inscrições para os cursos de altas habilidades/superdotação, que serão ministrados pela equipe do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (Naah/s), vinculado à Gerência de Ensino Especial. As inscrições vão até o dia 20 de dezembro; as vagas são limitadas.Os interessados deverão fazer sua pré-inscrição por e-mail (naaahs.go@seduc.go.gov.br) informando nome, formação acadêmica, subsecretaria regional, instituição de ensino em que trabalha, função que atua, curso que deseja fazer e turma.
“Atendimento Educacional Especializado para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação” é um curso com duração de 40 horas. Com início programado para o dia 7 de fevereiro de 2012, terá turmas às terças-feiras (matutino), quartas-feiras (vespertino) e quintas-feiras (noturno).
Já o curso de “Práticas Educacionais para Alunos com Altas Habilidades/Superdotação" terá duração de 60 horas. Para se inscrever, o interessado deve ter sido aprovado nos cursos de 40 ou 84 horas oferecidos pelo Naah/s, entre outros critérios.
Para ambos os cursos, é necessário também confirmar a inscrição pessoalmente no Naah/s, de 23 a 30 de janeiro do próximo ano. O Naahs fica situado à rua 134, esquina com ruas 18 e 106, nº 235, Setor Oeste.
No ato da inscrição é imprescindível apresentar cópias dos seguintes documentos: RG, CPF, diploma de graduação (frente e verso) e contracheque do Estado (parte superior).
Mais informações: 3201-3098
Fonte: SEDUC
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Pressão contra o governo do Equador.
Em apenas 3 dias, mais de 50 mil membros da All Out exigiram que o presidente do Equador fechasse as clínicas ilegais que estão cometendo abusos físicos e psicológicos para “curar ” jovens gays. A pressão está surtindo efeito e o governo do Equador acabou de concordar em ter uma audiência com os líderes e ativistas do movimento LGBT e dos Direitos das Mulheres, para discutir justamente como desativar essas clínicas tão perigosas.
Em parceria com a Change.org e com a CREDO, conseguimos que milhares de pessoas exigissem o fim destas clínicas, mas ainda faltam 20 mil assinaturas para chegarmos a 250 mil, antes da audiência como o governo. Mais do que nunca, cada voz conta, e precisamos urgentemente da sua ajuda para apoiar os nossos parceiros no Equador.
Por favor assine agora essa carta, caso você ainda não o tenha feito, e compartilhe esta campanha com seus amig@s e família:
www.allout.org/pt/
O mundo está finalmente abrindo os olhos para uma situação horripilante no Equador, onde a população LGBT e grupos de direitos das mulheres estão denunciando há muitos meses a existência de clínicas ilegais no Equador, que estão mantendo em cativeiros mulheres para serem estupradas, torturadas, violentadas e privadas de água e comida, pelas mãos dos chamados "profissionais de saúde ou cuidadores".
O porquê disso? Para curá-las da " doença" que é ser lésbica.
Enquanto o Governo do Equador mostrou ter fechado mais de 30 clínicas nos últimos meses, ativistas afirmam que ainda há mais de 200 clínicas como estas em todo o país, mantendo em cárcere privado centenas de mulheres contra a sua vontade. Muitas pessoas, a maioria mulheres, ainda estão correndo risco.
Por isso a sua voz conta, e muito. Assine aqui e nós vamos entregar esta carta diretamente ao Presidente do Equador, assim como o Presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, exigindo que estas clínicas ilegais sejam fechadas de uma vez por todas. Se o Presidente Correa, um líder que construiu a rua reputação com base em ideais progressistas, souber que existe uma comunidade internacional que está de olho no Equador, ele tomará uma providência.
www.allout.org/pt/
Estas clínicas que "curam os gays" ainda existem em várias partes do mundo, apesar de não terem nenhum reconhecimento por parte da comunidade psiquiátrica e associações médicas internacionais, tendo estas inclusive afirmado que as clínicas podem prejudicar a saúde das pessoas. Há algumas semanas atrás, uma jovem no Equador disse à imprensa que ficou presa em uma das clínicas por muitos meses, sendo abusada sexualmente e com seguranças jogando água e urinando sobre o seu corpo. Finalmente, com a ajuda da sua mãe, ela foi libertada.
Muitos pais e mães forçam jovens a um regime de "quarentena" nestas perigosas clinicas, mas o fato é que : elas são ilegais. O Equador recentemente aprovou uma constituição progressista que apóia os direitos dos gays, incluindo, uniões civis entre pessoas do mesmo sexo. O país também possui leis robustas para punir a violência contra as mulheres. Mas mesmo com as penalidades previstas em seus códigos, essas perigosas clínicas ainda se mantém.
Ativistas no Equador e os seus parceiros na Change.org tem enviado petições ao Ministro da Saúde para fechar estas clínicas. Mas a responsabilidade para tomar alguma providência também é daquele que foi eleito por meio do voto para que se mantivesse o estado de direito no país - O Presidente Rafael Correa. Assine esta carta urgente ao Presidente Equatoriano, e nós vamos entregá-la diretamente à ele, junto com os nossos parceiros no Equador, exigindo que essas clínicas ilegais sejam fechadas de uma vez por todas! O Presidente Correa precisa saber que a pressão internacional sobre este assunto é notória e crescente, e ignorar o que está acontecendo em seu país não irá resolver o atual problema.
www.allout.org/pt/
Tudo de bom e sempre, All Out,
Andre, Emmy, Erika, Flavia, Guillaume, Jeremy, Joseph, Nita, Oli, Tile, Wesley and the rest of the team at All Out
FONTES:
Lesbians Escape From Ecuador's “Ex-Gay” Torture Centers (Inglês)
www.advocate.com/News/Daily_
En Ecuador, gays denuncian clínicas para cambiar su orientación sexual (Espanhol)
m.eltiempo.com/mundo/
Comitê denuncia clínicas anti-homossexualidade no Equador
http://act.allout.org/go/556?
Equador fecha quase 30 clínicas que prometiam 'cura' para homossexualidade
www.g1.globo.com/mundo/
Sergio Viula, um dos criadores do grupo que defende a “cura” da homossexualidade, se assume como gay e diz que tratamento é uma farsa
www.revistaepoca.globo.com/
A All Out está colocando em contato muita gente de cada canto do planeta e todas as identidades – lésbicas, gays heteros, transgêneros e tudo no meio e além – para construir um mundo em que cada um viva livremente e seja aceito pelo que é.
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
IBGE indica que analfabetismo cai menos entre maiores de 15 anos
Redução entre 2000 e 2010 foi de 29,4%, segundo dados do instituto.
Entre pessoas de 10 a 14 anos, queda no mesmo período foi de 46,5%.
Do G1, em Brasília
A taxa de analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos caiu, entre 2000 e 2010, em ritmo menor do que entre pessoas de 10 a 14 anos, mostram dados detalhados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É preciso ressaltar, porém, que o contingente de analfabetos acima de 15 anos é muito maior do que entre 10 e 14 anos.
No fim de abril, o instituto divulgou dados gerais sobre o analfabetismo e apontou que o país tem 14,61 milhões de analfabetos com mais de 10 anos, o que representa 9% da população na faixa etária.
Os dados desta quarta cruzam os dados gerais com informações sobre faixa etária, sexo, raça e regiões do país.
Conforme o IBGE, no ano 2000, 12,8% da população com mais de 10 anos era analfabeta. Em 2010, o percentual caiu para 9%, uma redução de 29%.
Entre as pessoas de 10 a 14 anos, o índice de analfabetismo passou de 7,3% para 3,9% em 11 anos, queda de 46,5%. O contingente de pessoas nessa situação foi de 671 mil pessoas.
Entre os maiores de 15 anos, a taxa de analfabetismo caiu de 13,6% em 2000 para 9,6% em 2010 - redução de 29,4%. São quase 14 milhões de analfabetos nessa faixa etária. Apesar de cair em ritmo menor, o analfabetismo entre os maiores de 15 anos atingiu o menor percentual da história, considerando dados desde 1940, desde quando o IBGE disponibiliza as informações.
Conforme o instituto, "no contexto internacional, monitora-se primordialmente a taxa de analfabetismo na faixa de 15 anos ou mais de idade". Dentro dessa faixa etária, em 1940, a taxa era de 56%. Quarenta anos depois, em 1980, o índice passou para 25,5%.
"No contingente de 10 a 14 anos de idade a queda [na taxa de analfabetismo] foi mais acentuada. (...) A queda da taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, o aumento da escolarização das crianças ao longo do tempo, e, também, o acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma ampla parcela daquelas pessoas que não puderam alcançá-la nas idades apropriadas", diz análise dos dados feita pelo instituto.
Urbana x rural
De acordo com os dados do IBGE, a taxa de analfabetismo continua maior na zona rural do que nas cidades. Considerando todos os maiores de 10 anos, o percentual de analfabetos nas cidades passou de 9,6% em 2000 para 6,8% em 2010. No campo, nesses 11 anos, o índice caiu de 27,7% para 21,2%
No mesmo período, entre as pessoas de 10 a 14 anos, a redução do analfabetismo no campo ocorreu de forma mais acentuada. Passou de 16,6% para 8,4% - queda de 49,39%. Nas cidades, dentro da faixa etária no período, o percentual de analfabetos caiu de 4,6% para 2,9% - redução de 36,95%.
Fonte: G1.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Programação Semanal Cultural de Goiânia.
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CNTE denuncia baixos salários, “bicos” e desrespeitos à profissão de professor.
10/11/2011
Estudo de pesquisadores da USP com base na Pnad comprova efeitos da política de desvalorização profissional
Escrito por: CNTE
Recente estudo de professores da Universidade de São Paulo - USP, com base na Pesquisa por Amostragem de Domicílios (Pnad/IBGE-2009), revelou que cerca de 10% dos/as docentes brasileiros/as da educação básica complementam suas rendas com atividades desempenhadas fora do magistério, sobretudo através de vendas de cosméticos.
Para quem vive o dia a dia das escolas públicas, os resultados da pesquisa surpreendem mais pelo baixo percentual de quem pratica outras ocupações do que em razão de os/as professores/as terem que complementar, de fato, os baixos salários a que estão submetidos na maior parte do país.
Outro dado relevante sobre a complementaridade da renda familiar da categoria do magistério pode ser extraído do Censo do Professor (MEC/INEP-2009). O estudo indica que, pelo menos, 1/3 (um terço) do professorado da educação básica pública desempenha dupla ou tripla jornada de trabalho na profissão. Ou seja: a renda é reforçada por meio do principal instrumento de trabalho, porém de forma que compromete a saúde do/a educador/a e a própria qualidade do ensino.
A recorrente economia de recursos do Estado, que concedeu ao magistério a possibilidade de possuir mais de um vínculo empregatício no setor público e que exime os gestores de investir na formação inicial e continuada e nas condições de trabalho da categoria, cada vez mais colide com a perspectiva de melhorar a qualidade da educação. Pior: ao invés de reverter essa realidade, as administrações públicas - paradoxalmente e com o apoio da parcela da mídia subserviente - investe na responsabilização dos/as educadores/as pela baixa qualidade dos sistemas de ensino, cuja gestão, em sua maioria, não permite a participação da comunidade escolar nos processos de formulação, aplicação e verificação das políticas públicas.
Por óbvio que os problemas inerentes à qualificação profissional do magistério não se restringem ao salário. Mas esse, conjugado com a expectativa de carreira e de valorização social da profissão, é o maior deles. Corroborando essa tese, o diagnóstico da meta 17 do Plano Nacional de Educação, que trata da remuneração do magistério, revela que o/a professor/a com formação de nível médio (curso de magistério) detém renda média 38% acima dos demais trabalhadores brasileiros com escolaridade similar. Contudo, essa relação se inverte, na mesma proporção, quando o/a professor/a com formação de nível superior (maioria no Brasil) tem sua renda comparada com os demais trabalhadores de formação universitária. E isso é um fator de desestímulo à qualificação, ainda mais quando o próprio professor precisa arcar com o ônus financeiro de sua formação ou quando não dispõe de concessão de tempo pelos gestores para fazê-la adequadamente.
Para a CNTE, o piso nacional do magistério - vinculado à carreira - representa um primeiro passo na direção da equidade laboral dos/as educadores/as no país, condição fundamental para elevar a qualidade da educação com equidade. Mas muitos governadores e prefeitos - e, agora, até a justiça de um Estado, o Pará, em confronto com a decisão do Supremo Tribunal Federal - insistem em não observar a norma federal que também prevê jornada de trabalho para o/a professor/a com tempo dedicado às atividades extra-sala de aula (preparação e correção de atividades, reuniões pedagógicas e com os pais, formação no local de trabalho, dentre outras).
Outras questões afetas à qualidade da educação e que desestimulam o ingresso da juventude na profissão, ou que afastam, por doença ou desestímulo, os atuais professores das redes de ensino, consistem nas defasagens da formação inicial (sob responsabilidade majoritária de faculdades privadas, ou provida em cursos à distância), na falta de qualificação permanente ofertada pelo Estado, nas jornadas de trabalho incompatíveis com a profissão, nas deficientes formas de contratação no serviço público e nas precárias condições de trabalho e de vida oferecidas aos profissionais - em sua maioria mulheres, o que denota discriminação de gênero nesse setor de atividade profissional. E, sem que esses pontos sejam devidamente contornados, pouco se avançará na valorização do magistério e dos demais profissionais da educação e na melhoria da qualidade do ensino público.
Fonte: CNTE
Decreto institui Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho no Brasil
10/11/2011
Diretrizes vão assegurar condições para prevenção dos acidentes e danos à saúde do trabalhador
Escrito por: CUT Nacional
Pela primeira vez, o Brasil terá uma Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST). O Decreto 7.602 que instituiu a nova Política foi publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira, dia 8, e traz avanços pontuais ao estabelecer normas para promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida do trabalhador, buscando a prevenção por meio da eliminação ou redução dos riscos nos ambientes laborais.
A construção desta Política de Saúde do Trabalho é fruto de um amplo debate e organização da comissão tripartite formada pelas centrais sindicais, representantes do governo (ministérios do Trabalho, Saúde e Previdência) e entidades patronais, onde a CUT teve papel importante na elaboração das diretrizes.
Partindo dos princípios de universalidade, proteção e prevenção, o Plano será fundamental para diminuir e eliminar os riscos de acidentes laborais. Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, somente em 2010 foram registrados 701.496 acidentes de trabalho, número menor se comparado ao ano anterior (733.365). Mas o número de mortes cresceu 11,4% de um ano para o outro, de 2.650 para 2.712.
As ações no âmbito da Política devem constar do Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho e desenvolver-se seguindo as diretrizes de inclusão de todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde, com a harmonização da legislação e a articulação das ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador; adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco e promoção da implantação de sistemas e programas de gestão da segurança e saúde nos locais de trabalho; reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança no trabalho e o estímulo à capacitação e à educação continuada de trabalhadores; promoção de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurança e saúde no trabalho;
Para o alcance de seu objetivo a Política deverá ser implementada por meio da articulação continuada das ações de governo no campo das relações de trabalho, produção, consumo, ambiente e saúde, com a participação das organizações representativas de trabalhadores e empregadores.
Fonte: CUT Nacional.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
CUT, FNU e movimentos sociais lançam campanha pelo controle público sobre o tratamento e fornecimento de água.
O País e do povo e a água também. Basta não podemos aceitar, somos usados (a), retiram nossas fontes, minerais, fauna, flora e nos vende novamente como produtos industrializados.
By: Luana Cristina.
04/11/2011
Na próxima segunda, Maceió dá início à campanha, que vai rodar todo o Brasil
Escrito por: Isaías Dalle
Na próxima segunda-feira, dia 7, a CUT e sua FNU (Federação Nacional dos Urbanitários), junto com importantes movimentos sociais, fazem o lançamento oficial da campanha “Água para o Brasil. Um direito de todos não pode virar lucro de alguns”.
A campanha pretende conquistar apoio da opinião pública para que os sistemas de tratamento e fornecimento de água permaneçam sob controle público, e não sejam privatizados através do modelo das PPPs (Parcerias Público-Privadas).
O lançamento oficial da campanha acontece em Maceió (AL), com a realização de um seminário na Assembleia Legislativa no período da manhã e com um ato político no centro da cidade a partir das 14h30. Maceió vai ser a base de lançamento da campanha porque no Estado de Alagoas a proposta de PPPs no setor da água tem atraído muitas prefeituras e por isso avança com mais rapidez.
Porém, lançamentos como esse vão percorrer todo o Brasil ao longo dos próximos meses, com o objetivo de demover administradores públicos da intenção de privatizar a água.
Para esse esforço, a FNU-CUT – que congrega os trabalhadores brasileiros do setor de energia e saneamento – está caminhando lado a lado com movimentos sociais como a coordenação nacional do MAB (Movimento de Atingidos por Barragens), Conam (Confederação Nacional das Associações de Moradores), Assemae (Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento) e entidades como a Fisenge (Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros) e a ISP (Internacional de Serviços Públicos).
A campanha “Água para o Brasil” vai combinar ação política junto aos poderes Executivo e Legislativo, em todo o País, com peças publicitárias como filmes para internet, comerciais para rádio, anúncios para jornais e revistas, faixas para internet e panfletos para distribuição em locais públicos. A CUT e a FNU solicitam que as entidades filiadas façam parte desse esforço, reservando espaços em seus veículos de comunicação para os materiais de divulgação já produzidos. No próximo dia 10 de novembro, na sede da FNU em São Paulo, haverá café da manhã para jornalistas sindicais e de veículos parceiros com o objetivo de apresentar a campanha.
O que está em jogo
A água é um bem público, de interesse social e com valor estratégico para o País. Diante da conjuntura internacional, a água vai se consolidando também como um bem de grande valor, dada a escassez que muitos especialistas prevêem, e por isso atrai a cobiça de grupos transnacionais do mesmo modo que historicamente o petróleo tem feito.
Na avaliação da FNU-CUT, ao escolher o sistema de PPPs para iniciar novos investimentos em construção de estações de água e esgoto e para ampliação das redes de distribuição, prefeituras e governos estaduais incorrem em alguns riscos bastante graves.
Um desses riscos é que quem mais precisa de água vai ficar sem. “Se a poder público chama investidores privados para investir no setor, se alia a grupos que visam apenas o lucro. Portanto, esses investidores não vão atuar nas áreas mais carentes de abastecimento, como favelas e fundos de vales”, explica o presidente da FNU, Franklin Moreira Gonçalves.
Outro risco é a perda de controle público sobre a própria rede de abastecimento. O mapa do subsolo e de todas as alterações produzidas nele podem virar informações de poder exclusivo de grupos privados.
A subida das tarifas e a queda na qualidade, dois problemas bastante conhecidos de todos os brasileiros que vivenciaram a experiência da privatização em outros setores, são outros
resultados desastrosos que as PPPs trarão ao setor da água.
“Essas consequências negativas já foram vividas por outros países que privatizaram sua água. Tanto é verdade que alguns deles voltaram atrás da decisão e estatizaram de novo. Cito como exemplos a França, a Itália, a Argentina e a Bolívia”, informa Franklin. Até por conta disso, acredita Franklin, grupos transnacionais que perderam espaço em outros países vão querer mergulhar de cabeça num provável cenário de privatização por aqui.
Fonte: CUT.