A instituição apresentou um balanço de sua Pesquisa Mensal de Emprego, realizada em seis grandes capitais: Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Os dados colhidos entre janeiro de 2003 e janeiro de 2008 revelam que, no campo profissional, as mulheres ainda estão em desvantagem diante dos homens.
Já no quesito desemprego, por exemplo, elas são maioria. Entre o total de desempregados nas regiões metropolitanas pesquisadas, há 1 milhão de mulheres, contra 779 mil homens na mesma situação.
Segundo análise do IBGE, quando o contexto é mercado de trabalho, todos os indicadores mostram que as mulheres estão em um patamar inferior ao dos homens. Uma trabalhadora brasileira recebe em média R$ 956,80 por mês por uma jornada de 40 horas semanais. O valor representa 71,3% do que um homem recebe pelo mesmo trabalho.
No que se refere a trabalho formal, a desigualdade persiste. Em janeiro, entre as mulheres ocupadas, 37,8% tinham carteira assinada em empresa do setor privado. Entre os homens, o índice era de 48,6%.
Em termos regionais, a maior concentração de mulheres ocupadas com carteira assinada está na região metropolitana de Porto Alegre (42,4%). Em Salvador, a maioria das mulheres com carteira assinada são empregadas domésticas (18,9%).
A pesquisa revela que, considerando a população economicamente ativa das seis regiões metropolitanas, apenas 3% das mulheres se encaixam na categoria empregador.
Já no quesito escolaridade, elas têm se destacado. De acordo com o estudo do IBGE, de 2003 a 2008, o percentual de trabalhadoras com Ensino Médio completo aumentou de 51,3% para 59,9%. Entre os homens, no mesmo período, o índice aumentou de 41,9% para 51,9%.
Mas a maior escolaridade não é garantia de melhores condições de emprego para elas. Segundo o estudo, a diferença de rendimentos entre os gêneros é ainda maior nas classes mais escolarizadas. Uma mulher com curso superior tem salário em média 40% inferior ao de um homem na mesma função.
Fonte: IBGE
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